O Bairro da Boa Morte desenvolveu-se ao redor da Capela de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção, com sua cosntrução iniciada no ano de 1858 e concluída em 1865. Inicialmente, deveria ter sido construída entre a Rua das Flores (atual Rua 3), Rua Formosa (atual Rua 4), Rua do Comércio (atual Avenida 1) e Rua Direita (atual avenida 3), área do atual Jardim Público. No entanto, em 8 de Fevereiro de 1858, a Câmara Municipal demarcou nova área, em terreno do patrimônio de São João, formados pelas ruas Pedro Ivo (atual Rua 10), Rua Tiradentes (atual Rua 11), Rua do Hospital (atual Avenida 7) e Rua da Boa Morte (atual Avenida 9).
O local era distante do centro da vila, porém passou a atuar como um pólo de atração para novos moradores, dando início à formação do Bairro da Boa Morte. Este cresceu e se desenvolveu, não só concentrando atividades comerciais e de prestação de serviços, mas tornando-se um núcleo residencial, já se observando hoje o início de um processo de verticalização. Conta atualmente com quinze quadras compreendidas entre as ruas 9 e 4 e avenidas 5 e 11.
Ao longo de sua história, destacaram-se entre as tradicionais casas comerciais: Padaria Aliança, antiga Padaria Alemã, há 97 anos servindo a população; Papelaria Beltrati; Armazém do Luna; Bar do Santoro; Armazém Bueno; Armazém do Sr. Pedro Christofoletti; Indústria D’Abronzo, que produzia guaraná e maçã. Na Praça da Figueira, as crianças do bairro jogavam bolinha de gude. Aos domingos, os sinos da igreja, tocados pelo sr. Alexandre, chamava os fiéis para a missa das oito. Até à década de 60, havia na Rua 10 uma ponte de madeira sobre o Córrego da Servidão, emm direção ao Grêmio Recreativo dos Funcionários da Companhia Paulista. Até esse período, passava o agueiro com sua carroça e balde, “tinindo de limpo”, distribuindo água. Passavam também so padeiros e leiteiros em suas carroças, mantendo uma antiga tradição da cidade.
Caio Maurício Alonso Mantelli
Demétrio Alexandre Guimarães Pinto
Pedro Rogério Martins
