Vila Alemã, um dos tradicionais bairros de Rio Claro, foi formado pelos imigrantes alemães que vieram trabalhar como parceiros na Fazenda Ibicaba, pertencente ao Senador Vergueiro, por volta do ano de 1848, numa tentativa de substituir a mão-de-obra escrava pelo trabalho dos imigrantes. Insatisfeitos com o sistema de exploração adotado, abandonaram a Fazenda e vieram residir em Rio Claro. A identidade cultural e linguística, bem como os hábitos comuns de sociabilidade, os levaram a se fixar ao longo da atual Rua 6-A.
Lá moravam os Ratky, os Rodel, os Buchner, os Meissner, os Spilak, os Engels, os Procknow, os Winkel, os Lahr. As casas eram distantes umas das outras. Cada família plantava e formava pequenas chácaras, porém não faltavam as plantas e as flores. Criavam vacas, visando a obtenção do leite para o consumo diário da família, sendo o excedente vendido. Chamavam, prazeirosamente, aquele lugar de KUHVIERTEL, isto é, Vila das Vacas. Também criavam e engordavam porcos. As abelhas eram criadas em função do mel que forneciam.
Naquele espaço foram recriando um pequeno recanto da terra natal. Lá permaneceram os descendentes brasileiros, filhos de alemães, dando continuidade aos seus costumes.
Atualmente, a Vila Alemã possui boa infraestrutura urbana, oferecendo à sua população bens e serviços variados. Todas as avenidas e ruas são pavimentadas e iluminadas. O bairro é servido por energia elétrica, telefone, água potável e rede de esgoto.
Guardadas na memória dos antigos moradores, ficaram as imagens da Rua das Vacas (Rua 6-A) por onde passavam as boiadas, conduzidas pelos tropeiros e a grande plantação de coqueiros que existia na entrada da Vila Alemã.
Deuzimar Lopes da Silva
Fábio Pereira Nunes
Robson Alessandro Cruz
