História dos Bairros
A Rua Samambaia tem praticamente a mesma idade de Rio Claro. A sua história liga-se à formação dos bairros Santa Cruz e Santana. Seu nome associa-se à predominância do verde das samambaias, figueiras e também da abundância de água subterrânea que empoçava no meio do caminho com frequência, levando a população a construir suas casas em um nível mais elevado. A rua era uma estrada por onde passavam as tropas e os tropeiros, conduzindo as suas boiadas. A estrada começava pela Rua 6 (atual Espaço Livre), seguindo pela Rua 8. Este era o caminho para São Pedro, Ipeúna e Brotas. Nela, existiam duas casas comerciais, sendo duas vendas, uma do Capello e outra do Serafim. O movimento comercial era realizado pelos mascates e por vendedores carroceiros, que negociavam todos os tipos de mercadorias para a população local e sobretudo para os tropeiros. Uma igreja presbiteriana, localizada na final da rua (hoje local da Igreja do Nazareno) atendia a comunidade desde a década de 1860, sendo também o local de reuniões e cultos, bem como o local das vacinações em época de epidemias.
O campo de futebol era o foco de lazer da população, situado no local do atual prédio da UNESP. Ali, as crianças divertiam-se. Para os adultos, havia o “Correr da Glória”, uma casa de tolerância. As demais diversões ficavam a cargo do mundo da rua, onde a criançada fazia valer a sua criatividade. Hoje, a rua ainda preserva algumas construções antigas, reminiscências de seu passado, como os quintais das casas, amplos e floridos, lembrando as antigas chácaras. Seu comércio é diversificado, com supermercado, sorveteria, muitos bares, mantendo a tradição do local, cabeleireira, bicicletaria, restaurante, oficina mecânica e padaria.
Mesmo com o passar dos anos, a Rua Samambaia continua a exercer o papel de um corredor, ou seja, uma passagem interligando os bairros da região Noroeste, ao centro da cidade.
Dijalma de Camargo